A principal força da oposição no Equador, o movimento Revolução Cidadã (RC), anunciou, neste sábado (10), a advogada Luisa González como sua candidata à Presidência pela segunda vez consecutiva, desta vez para as eleições gerais de 2025.
González, de 46 anos, que perdeu no segundo turno em 2023 para o atual mandatário Daniel Noboa, participará das eleições de 9 de fevereiro tendo como companheiro de chapa o economista Diego Borja, ex-ministro do governo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).
González e Borja foram proclamados em uma convenção do RC realizada em um ginásio coberto da cidade portuária de Guayaquil (sudoeste) sem a presença de seu líder, Correa, que vive asilado na Bélgica desde que deixou o poder.
O ex-presidente, que não pode se candidatar ao cargo devido a reformas constitucionais aprovadas depois de seu governo, que eliminaram a reeleição indefinida, foi condenado a oito anos de prisão por corrupção, o que também o inabilita para se candidatar para cargos eletivos.
"A Bela e Diego" e "Até a vitória sempre!", lema de seu governo, escreveu Correa em sua conta na rede X, ao replicar versões da imprensa equatoriana sobre a proclamação da candidatura de González e Borja.
Nas eleições antecipadas do ano passado, resultantes da decisão constitucional do então presidente de direita Guillermo Lasso (2021-2013) de dissolver a Assembleia Nacional, González venceu o primeiro turno com 34% dos votos válidos, mas perdeu com 48% o segundo turno para Noboa, de 36 anos, autoproclamado de centro-esquerda.
Noboa, que assumiu o cargo em novembro para governar por 18 meses, completando o mandato 2021-2025, também foi escolhido na sexta-feira por seu partido, Ação Democrática Nacional (ADN), para tentar a reeleição no ano que vem, tornando-se o primeiro presidenciável.
A esquerdista González não aparece nas pesquisas da privada Comunicaliza do fim de julho sobre as intenções de voto, lideradas por Noboa com 32%. Em segundo lugar aparece o ex-ministro correísta Gustavo Jalkh (15%) e o dirigente indígena opositor Leonidas Iza (4%).
Sem ser maioria, a RC é a principal força na Assembleia Nacional com cerca de 50 de seus 137 membros.
* AFP