O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou nesta quinta-feira (6) que seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), buscará formar um governo de unidade nacional com uma vasta gama de formações, depois de perder a maioria absoluta no Parlamento.
"O objetivo de um governo de unidade nacional deve ser, em primeiro lugar e acima de tudo, resolver as questões prementes que os sul-africanos querem que sejam abordadas", disse Ramaphosa após uma reunião do ANC.
"Essas questões incluem a criação de empregos e o crescimento da nossa economia, que será inclusiva, o alto custo de vida, a prestação de serviços, o crime e a corrupção", acrescentou.
Nas eleições legislativas da semana passada, o ANC, no poder há três décadas, conquistou 159 assentos de um total de 400, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta no Parlamento.
Houve especulações de que o partido poderia tentar formar um governo minoritário ou uma coalização com um ou dois partidos importantes, mas no final Ramaphosa convidou todos os seus rivais para conversar.
O presidente indicou que os negociadores do ANC já mantiveram diálogos com cinco partidos: Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF, esquerda radical), a Aliança Democrática (DA, centro-liberal), o Partido da Liberdade Inkatha (IFP, nacionalista Zulu), o Partido da Liberdade Nacional (NFP) e a Aliança Patriótica (PA, anti-imigração).
"Todas as partes devem se comprometer com a construção partilhada da nação e a coesão social", disse Ramaphosa.
"Estes valores incluem o respeito à Constituição da República da África do Sul e ao Estado de Direito, à justiça social e à igualdade, à dignidade humana e à luta contra o racismo e o sexismo", concluiu.
* AFP