Presidente do Partido Democrático, o principal da oposição na Coreia do Sul, Lee Jae-myung foi esfaqueado no pescoço por um homem com uma faca, durante uma visita à cidade de Busan, no sudeste do país, afirmou a polícia. Lee, de 59 anos, foi levado a Seul para uma cirurgia, após receber tratamento de emergência em Busan. A polícia e agentes de emergência haviam afirmado anteriormente que o político estava consciente após o ataque e não apresentava quadro crítico, embora seu estado exato seja desconhecido.
O ataque ocorreu no momento em que Lee andava em meio a uma multidão de jornalistas e outros, após um giro por um lugar proposto para ser um novo aeroporto em Busan. O agressor se aproximou, disse que queria um autógrafo e então esfaqueou Lee, segundo Sohn Jae-han, autoridade policial da cidade. Agentes do partido logo contiveram o agressor, antes que a polícia o prendesse.
Em seguida, Lee cai no chão enquanto as pessoas correm para ajudá-lo. Um homem aparece pressionando seu pescoço com um lenço.
Sohn disse que o suspeito, de cerca de 67 anos, disse a investigadores que havia comprado a faca online. O agressor usava um chapéu com o nome de Lee estampado. A polícia investigava o motivo do ataque. O presidente do país, Yoon Suk Yeol, expressou grande preocupação pela saúde de Lee e ordenou que o ataque seja investigado, dizendo que violência do tipo não pode ser tolerada, segundo seu escritório.
Lee perdeu a eleição presidencial em 2022 para Yoon por 0,7 ponto porcentual, na disputa mais apertada da história do país. Pesquisas recentes apontam Lee como um dos favoritos a vencer a disputa em 2027, ao lado do rival conservador Han Dong-hoon.
Quem é o líder opositor sul-coreano?
Ex-operário infantil que sofreu um acidente de trabalho na adolescência após abandonar os estudos, Lee ascendeu ao estrelado político em parte graças à sua história de superação, de menino pobre a homem bem sucedido.
Pesquisas de opinião recentes apontam que Lee se mantém como um candidato forte à presidência, mas sua tentativa de chegar ao posto máximo do Executivo foi ofuscada por uma série de escândalos.
Lee conseguiu se livrar de ir para a prisão em setembro, quando uma corte indeferiu um pedido do Ministério Público para que ele fosse posto sob custódia à espera de ser julgado por corrupção.