Uma nova investigação sobre o massacre de Christchurch, em que 51 pessoas foram assassinadas por um supremacista branco em 2019, será aberta na terça-feira (24) para tentar responder a uma questão fundamental: teria sido possível salvar alguma das vítimas?
O ataque foi cometido pelo supremacista branco Brenton Tarrant, em 15 de março de 2019, contra duas mesquitas. Trata-se do pior massacre da história recente da Nova Zelândia.
A investigação, que deve ser concluída em meados de dezembro, procura determinar os acontecimentos que causaram a morte das 51 vítimas, todas muçulmanas.
"Há uma necessidade urgente de respostas", declarou Maha Galal, porta-voz do 15 March Whanau Trust, uma organização que representa as famílias das vítimas.
A investigação analisará todos os acontecimentos desde o início do ataque até o interrogatório policial de Tarrant, assim como os tempos de resposta da polícia e dos serviços de emergência.
Também deverá esclarecer se alguém ajudou Tarrant e se uma resposta médica diferente poderia ter salvado vidas.
"Nossa principal preocupação é compreender a verdade", disse Galal, em um comunicado datado de terça-feira.
Os familiares das vítimas "estão unidos em sua vontade de entender, buscar clareza sobre se seus entes queridos teriam conseguido sobrevivido", continuou ele.
"Esta busca da verdade é a chave para a cura e o desfecho", enfatizou.
Tarrant se declarou culpado e, em 2020, foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. O massacre, transmitido ao vivo, horrorizou o país.
* AFP