Um poderoso tufão, que chegou nesta quarta-feira (26), ao norte das Filipinas, deixou dois mortos, provocou enchentes e derrubou árvores, obrigando milhares de habitantes a se refugiarem em centros de emergência.
O tufão Doksuri registrou ventos de até 175 km/h em sua passagem perto da pequena ilha Dalupiri, ao norte de Luzon -a principal do arquipélago-, indicou a agência meteorológica nacional filipina.
A agência alertou para "condições violentas e com risco de vida" como resultado das fortes chuvas e ventos que atingem a região norte do país.
Cerca de 12.00 pessoas foram retiradas da província de Cagayan, que inclui a ilha Dalupiri, após alertas de enchentes de até três metros, informou à AFP Ruelie Rapsing, do órgão de gestão de catástrofes.
Na província vizinha de Isabela, uma mulher que vendia pão morreu nesta quarta ao ser atingida por um coqueiro que caiu na cidade de Ramon, indicou Constante Foronda, funcionária do órgão de gestão de catástrofes. Cerca de 1.500 pessoas foram evacuadas nas comunidades costeiras de Isabela, acrescentou Foronda.
A segunda vítima do tufão foi um menino de 16 anos que morreu quando um deslizamento de terra destruiu sua casa na cidade de Baguio, disse à AFP um funcionário local, Julius Santos.
O Doksuri havia sido classificado como supertufão enquanto estava no Oceano Pacífico, mas perdeu força ao se aproximar das Filipinas. Sua intensidade deve se reduzir ainda mais à medida que avance pelo Mar do Sul da China.
Grandes ondas foram registradas na costa sudeste de Taiwan nesta quarta-feira e o escritório central de meteorologia emitiu um alerta de chuvas fortes.
A China também emitiu um alerta para Doksuri, cancelou trens e obrigou as embarcações a retornarem ao porto.
A previsão é de que o tufão toque o solo na manhã desta sexta-feira.
As Filipinas recebem em média 20 tempestades todos os anos que matam centenas de pessoas e devastam regiões. Os cientistas advertem que estas tormentas aumentam em intensidade e frequência devido ao aquecimento global causado pelas mudanças climáticas.
* AFP