Uma importante ONG internacional anunciou que suas funcionárias afegãs retornaram ao trabalho em algumas províncias, após serem proibidas pelo governo talibã.
Várias organizações não governamentais haviam suspendido suas atividades em protesto contra a proibição, decretada pelas autoridades talibãs no final de dezembro.
"Tenho a satisfação de confirmar que conseguimos retomar a maioria de nossas operações humanitárias em Kandahar, além de outras partes do Afeganistão", disse na segunda-feira Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês de Refugiados (NRC) em um tuíte.
No mês passado, Egeland, que visitou Kandahar (sul) - reduto do movimento talibã -, anunciou que as autoridades estavam estudando um "acordo temporário" para que as mulheres pudessem retornar ao trabalho.
"Este acordo garante a prestação da ajuda necessária enquanto as autoridades concluem as diretrizes nacionais para facilitar a participação das mulheres nos esforços humanitários", afirmou Christian Jepsen, porta-voz do NRC.
As Nações Unidas também haviam indicado anteriormente que os talibãs estavam trabalhando na elaboração de regulamentos para esclarecer pontos.
As autoridades talibãs não fizeram comentários.
Representantes do governo afirmam que a proibição foi imposta porque a maioria das mulheres não respeitavam as normas relativas ao uso do véu, mas as trabalhadoras humanitárias negam.
* AFP