O papa Francisco, de 86 anos, foi submetido, nesta quarta-feira (7), a uma cirurgia com anestesia geral, devido a uma hérnia abdominal. A intervenção, que durou cerca de três horas, foi realizada em Roma e concluída sem complicações, informou o Vaticano.
"A operação terminou: foi realizada sem complicações e durou três horas", anunciou o serviço de imprensa da Santa Sé.
A operação foi necessária devido ao agravamento dos sintomas apresentados pelo sumo pontífice, informou sua equipe médica, e exigirá vários dias de hospitalização, acrescentou a nota divulgada pelo diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Bruni explicou que a cirurgia consistiria de uma laparotomia (incisão do abdômen) e colocação de uma prótese.
— A operação, preparada nos últimos dias pela equipe médica que atende o Santo Padre, tornou-se necessária por causa de uma hérnia que provoca síndromes de obstrução recorrentes, dolorosas e em vias de agravamento — acrescentou Bruni.
Após a cirurgia, o Papa planeja permanecer no décimo andar do hospital Gemelli, no mesmo quarto usado pelo papa João Paulo II, operado várias vezes nessa instituição médica.
Audiências canceladas
Depois de comandar a audiência geral de quarta-feira na Praça de São Pedro, no Vaticano, acenando para os fiéis a bordo do "papamóvel", o pontífice argentino foi transportado, com escolta policial, ao hospital Gemelli, na capital italiana.
Após a intervenção, o pontífice retomará o exercício do seu ministério, "mesmo que seja de uma cama de hospital", disse Parolin à imprensa. "Casos urgentes serão levados para o hospital", acrescentou.
Saúde debilitada
Francisco também sofre de dores crônicas nos joelhos, o que o obriga a se locomover em uma cadeira de rodas ou com a ajuda de uma bengala.
Recentemente, o líder da Igreja Católica também teve que cancelar compromissos devido a um estado febril, que não exigiu hospitalização. No dia seguinte, retomou as atividades.
A saúde do Santo Padre tem alimentado especulações regulares sobre uma possível renúncia. Em várias ocasiões, ele disse que consideraria renunciar — como seu antecessor Bento XVI, falecido em 31 de dezembro — se a saúde exigisse, mas recentemente afirmou que não pensava nisso neste momento.