A milícia Codeco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo) executou, neste domingo (26), 17 pessoas que tinham feito reféns no nordeste da República Democrática do Congo (RDC), informaram fontes locais.
Os reféns foram "executados na aldeia de Pechi, reduto da Codeco", disse à AFP Banguneni Gbalande, líder da comunidade Akongo-Nyali, onde ocorreram os fatos.
Ele acrescentou que tinha sido "alertado pelas famílias de algumas vítimas".
Outro líder local, Toko Kagbanese, confirmou as execuções à AFP.
No sábado, pelo menos "17 pessoas foram feitas reféns por milicianos da Codeco entre as aldeias de Bambu e Kobu", no território de Djugu, província de Ituri, detalhou Banguneni Gbalande.
Estas pessoas circulavam em dois veículos, procedentes de Bunia, capital da província, com destino ao povoado mineiro de Mongbwalu, quando seu comboio sofreu uma emboscada, explicou.
A tomada de reféns teria ocorrido após a morte de três milicianos da Codeco, que caíram em uma emboscada de uma milícia rival nesta localidade, disse um morador de Bambu à AFP sob a condição de anonimato.
Desde o fim de 2022, os mortos são contados às dezenas quase todas as semanas em Ituri, província da RDC rica em ouro e mergulhada há anos em um conflito sangrento.
Em 18 de março, mais de 30 pessoas, inclusive muitas mulheres e crianças, foram massacradas em vários povoados em outra chacina atribuída à mesma milícia.
* AFP