Cerca de 60 pessoas morreram durante um ataque de supostos jihadistas a uma comunidade no leste de Burkina Faso em fevereiro, revelou uma organização de direitos humanos nesta terça-feira (7).
Autoridades nacionais e regionais, no entanto, não responderam aos pedidos de comentário da AFP.
Em 26 de fevereiro "grupos terroristas armados invadiram a comunidade [Partiaga] matando, destruindo propriedade e roubando gado", disse, em um comunicado, o Movimento Burquinense pelos Direitos Humanos e dos Povos (MBDHP).
"Em ausência de qualquer intervenção das forças de segurança, o horror durou todo o dia, com [uma força voluntária de apoio] dominada rapidamente", indicou o movimento, segundo o qual "cerca de 60 pessoas morreram e outras estão desaparecidas".
O MBDHP criticou a ausência de um saldo oficial de fato. O governador da região oriental, onde fica Partiaga, Hubert Yameogo, disse na semana passada que um balanço seria determinado "o antes possível".
Segundo o MBDHP, o ataque causou grandes danos e um "deslocamento maciço" de pessoas, e a organização pediu às autoridades "segurança para a população e suas propriedades".
Após o ataque, os moradores locais descreveram o "horror" em sua comunidade, depois que o Exército se retirou e "abandonou a população".
A violência jihadista se intensificou em Burkina Faso desde início deste ano, com dezenas de civis e soldados mortos quase que semanalmente.
A violência atribuída a grupos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico já deixou mais de 10.000 civis e soldados mortos desde 2015, segundo ONGs.
* AFP