A presidente da Moldávia, Maia Sandu, denunciou nesta segunda-feira (13) os supostos planos da Rússia para derrubar o governo pró-europeu de seu país e anunciou novas medidas de segurança.
"O plano inclui ataques contra prédios estatais e a tomada de reféns por sabotadores de origem militar disfarçados de civis", disse Sandu à imprensa.
A informação foi mencionada pelo presidente ucraniano Volodimir Zelensky em Bruxelas na semana passada e vem de documentos interceptados pelo serviço secreto ucraniano.
Os serviços de inteligência da Moldávia confirmaram a informação sem dar detalhes, afirmando que "identificaram atividades destinadas a enfraquecer e desestabilizar" esta ex-república soviética de 2,6 milhões de pessoas, localizada entre a Romênia e a Ucrânia.
"O objetivo é derrubar a ordem constitucional e substituir o poder legítimo em Chisinau por um ilegítimo", disse a chefe de Estado, no cargo desde dezembro de 2020.
Segundo ela, o Kremlin conta com "o envolvimento de forças internas", como o partido do magnata pró-Rússia foragido Ilan Sor, mas também de cidadãos russos, bielorrussos, sérvios e montenegrinos.
A Moldávia, candidata a entrar na União Europeia desde meados de 2022, sofreu várias crises desde o início da guerra na Ucrânia e passou vários meses denunciando a "chantagem energética russa", que reduziu pela metade suas entregas de gás.
* AFP