O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, prometeu, nesta terça-feira (7), fornecer ajuda aos países do Sahel e do Golfo da Guiné em sua luta contra os jihadistas.
"A luta contra o terrorismo é, evidentemente, atual nos outros países da região", disse Lavrov no Mali, onde desembarcou na manhã desta terça.
"Iremos oferecer nossa ajuda para superar estas dificuldades. Isso atende a Guiné, Burkina Faso, Chade e, em geral, a região do Sahel, inclusive os países do Golfo da Guiné", declarou o russo em uma coletiva de imprensa ao lado de seu homólogo maliense, Aboulaye Diop.
Lavrov deve ficar menos de 24 horas no Mali, país assolado pela violência jihadista e em profunda crise política e econômica.
Essa viagem é resultado de uma aproximação promovida desde 2021 pelos coronéis do Mali, ano em que romperam sua aliança militar com a França.
"Não vamos continuar a nos justificar pela escolha dos nossos parceiros (...) A Rússia está aqui a pedido do Mali e a Rússia responde de maneira eficaz às necessidades" do país ao reforçar suas capacidades de defesa, esclarece Diop.
O chanceler russo prometeu continuar com o apoio militar ao Mali, enviando armas e centenas de homens, descritos por diferentes fontes como instrutores do Exército russo, ou mercenários do grupo paramilitar russo Wagner.
O chefe da diplomacia russa também prometeu mais compromisso no continente, o qual, segundo ele, recebe "abordagens neocoloniais" por parte de países ocidentais.
Os comportamentos dos ocidentais na África são os mesmos "em todo o mundo", inclusive na Europa, onde usaram a Ucrânia para travar uma "guerra híbrida" contra a Rússia, segundo ele.
"Vamos dar o nosso apoio para resolver os problemas do continente africano. Partimos sempre do princípio de que os problemas africanos devem ser resolvidos com soluções africanas", completou Lavrov.
Lavrov deve se encontrar com o coronel Assimi Goita, chefe da junta militar que tomou o poder após um golpe de Estado em 2020.
* AFP