O policial que matou George Floyd irá pedir a anulação da condenação por assassinato em um julgamento de apelação a partir desta quarta-feira (18). Derek Chauvin, 46 anos, foi declarado culpado de assassinato por um tribunal estadual de Minnesota em um julgamento realizado em 2021 e condenado a 22 anos e meio de prisão.
Na petição, seus advogados lembram "as ameaças" contra os membros do júri, o medo de uma nova onda de protestos caso ele fosse absolvido e a cobertura diária da imprensa local, que "idealizavam George Floyd e demonizavam Derek Chauvin".
Eles argumentam que, pelo menos o julgamento deveria ter sido realizado em outro local, onde os potenciais membros do júri não estivessem tão expostos à publicidade em torno do caso quanto estavam os de Minneapolis. Também pedem ao tribunal que anule a condenação ou, pelo menos, a sentença.
Os advogados também afirmam que um membro do júri escondeu sua participação nas manifestações posteriores à morte de George Floyd.
Os promotores argumentam que o julgamento foi "um dos mais precisos e transparentes" da história, que a seleção do júri durou duas semanas e que o veredito deve ser confirmado.
Mesmo que ganhe o julgamento de apelação, Derek Chauvin seguiria preso, porque se declarou culpado de "violações dos direitos civis" de George Floyd perante um juiz federal e recebeu uma sentença final de 21 anos de prisão em 2022.
Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu asfixiado depois que Chauvin, um policial branco, passou mais de 9 minutos com o joelho sobre o pescoço dele, durante abordagem em Minneapolis, Minnesota, em 25 de maio de 2020. O assassinato gerou uma onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos.