A polícia de Madagascar confirmou nesta terça-feira (30) a morte de 19 pessoas e que 21 pessoas ficaram feridas depois que as forças de segurança abriram fogo contra uma multidão que tentou invadir um quartel no no sudeste da ilha na segunda-feira.
Os manifestantes estavam furiosos por um possível sequestro de uma criança albina.
"Dezenove pessoas perderam a vida e 21 feridos seguem recebendo tratamento médico" no hospital de Ikongo, a cidade onde ocorreu o incidente, afirma um comunicado.
O diretor médico do hospital local, Tango Oscar Toky, confirmou o número de mortos.
Na segunda-feira, a polícia anunciou um balanço de 11 mortos.
A situação em Ikongo, a 350 quilômetros da capital Antananarivo, estava mais calma nesta terça-feira, afirmou a polícia, que confirmou o envio de mais tropas "para manter a paz".
Desde a semana passada, a pequena população estava comovida pelo desaparecimento de uma criança albina, que as autoridades consideram como um possível sequestro.
Uma fonte da polícia disse à AFP que ao menos 500 pessoas se reuniram diante do quartel, algumas com "armas brancas" e "facões".
Os moradores tentaram invadir o quartel e os guardas "não tiveram outra escolha a não ser se defender", disse a fonte.
Em Madagascar as pessoas albinas são alvo de violência. Segundo a ONU, mais de 10 sequestros, ataques e assassinatos contra pessoas com albinismo foram registrados nos últimos dois anos.
Uma grande ilha do Oceano Índico, Madagascar é um dos países mais pobres do mundo.
* AFP