O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, disse neste sábado (6) estar alarmado pelos bombardeios de sexta-feira (5) perto da usina de Zaporizhia, a maior central nuclear da Europa, na Ucrânia, ocupada desde março por tropas russas.
Em um comunicado, o diretor da agência nuclear da ONU afirmou que os ataques representam "o mais recente de uma longa série de informações cada vez mais alarmantes''. Também enfatizou que existe o "risco muito real de um desastre nuclear que ameaça a saúde pública e o meio ambiente na Ucrânia" e além de suas fronteiras.
Segundo a operadora das usinas nucleares da Ucrânia, a Energoatom, o bombardeio de sexta-feira "danificou gravemente" uma estação com nitrogênio e oxigênio e um "edifício auxiliar".
Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente de terem bombardeado a área perto de um reator nuclear de Zaporizhia. Grossi condenou "qualquer ato violento realizado fora ou perto" da usina ou contra seus funcionários.
O diretor acrescentou que está disponível para liderar uma missão de especialistas em segurança da AIEA em Zaporizhia, uma possibilidade que a Ucrânia rejeitou até agora, alegando que legitimaria a presença da Rússia na usina.