A União Europeia abriu nesta terça-feira (19) negociações com a Macedônia do Norte e a Albânia para a adesão ao bloco, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
— É um momento histórico — destacou a presidente do Executivo europeu em conferência de imprensa em Bruxelas com os líderes dos dois países dos Balcãs. — É o que seus cidadãos esperaram há tanto tempo e é o que eles merecem — acrescentou.
A Macedônia do Norte é candidata desde 2005, e a Albânia, desde 2014.
— Este não é o começo do fim, mas o fim do começo — disse o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, parafraseando Winston Churchill, para enfatizar as muitas dificuldades ainda a serem superadas pelos dois candidatos.
Os 27 países da União Europeia concordaram na segunda-feira (18) em abrir negociações, um dia após a assinatura de um protocolo entre a Macedônia do Norte e a Bulgária que levantou os últimos obstáculos.
A Bulgária bloqueava o início das negociações devido a conflitos históricos e culturais. A posição da Bulgária também impediu o início das negociações com a Albânia, que a UE vinculou à da Macedônia do Norte.
— Este é um novo começo para a região dos Balcãs Ocidentais e será sinônimo de prosperidade e progresso — disse o primeiro-ministro macedônio, Dimitar Kovacevski.
As negociações serão longas, e a adesão ao bloco terá de ser ratificada pelos 27 membros da UE. Dois outros países balcânicos estão negociando a entrada na união: Sérvia, desde 2014, e Montenegro, desde 2012.
A Turquia negocia desde 1999, mas as negociações estão "paradas" desde 2019 devido à deriva autocrática do presidente Recep Tayyip Erdogan e às disputas diplomáticas com a Grécia e outros Estados-membros.