A condenação à prisão perpétua de um soldado russo, em maio, por matar um civil na Ucrânia foi reduzida, em apelação, a 15 anos de prisão. O anúncio foi feito por um tribunal de Kiev nesta sexta-feira (29).
"O recurso da defesa foi parcialmente satisfeito. A decisão do tribunal (...) foi modificada", disse o Tribunal de Apelação de Kiev em comunicado, especificando que a nova sentença era de "15 anos de prisão".
O sargento Vadim Chichimarine, 21 anos, admitiu ter matado a tiros Oleksandre Chelipov, um civil de 62 anos, no nordeste do país, durante os primeiros dias da invasão da Ucrânia pelo exército russo — iniciada em 24 de fevereiro.
Ao se declarar culpado, ele foi condenado em 23 de maio por crimes de guerra e assassinato premeditado. Chichimarine testemunhou no tribunal que agiu sob pressão de outro soldado enquanto tentava fugir para a Rússia em um carro roubado com outros quatro soldados.
O militar, originário de Irkutsk, na Sibéria, "pediu perdão" à viúva de Chelipov durante uma breve conversa com ela no tribunal de Kiev em maio.
As forças russas são acusadas de crimes de guerra e abusos pelas autoridades ucranianas, em particular durante a ocupação dos arredores da capital, da qual se retiraram no final de março. Eles também são acusados por Kiev de prisões arbitrárias e tortura nos territórios que ocupam no sul da Ucrânia.