O Pentágono pediu, nesta sexta-feira (29), que os americanos desistam de ir para a Ucrânia, após a morte de um dos seus cidadãos que viajou ao Leste Europeu para lutar contra as forças russas. Willy Joseph Cancel, de 22 anos e que, ao que tudo indica, foi assassinado na segunda-feira (25), chegou à Ucrânia em meados de março, disse sua mãe Rebecca Cabrera à rede de televisão CNN.
— Seguimos fazendo um apelo aos americanos para que não viajem à Ucrânia — disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby à CNN, qualificando a notícia como "angustiante" e oferecendo seu apoio à família do falecido.
— Esta é uma zona de guerra contínua, (...) não é um lugar aonde os americanos devam ir — reiterou.
Rebecca Crabera disse que seu filho "queria ir para lá porque acreditava pelo que se está lutando na Ucrânia e queria fazer parte disso para conter (a ameaça) lá e não deixar que chegue até aqui".
Cancel deixa sua esposa e um filho de sete meses, segundo a imprensa americana. Sua esposa, Brittany, confirmou a morte de seu marido em um comunicado enviado a vários veículos de comunicação, no qual destacou o "valor" de Willy Cancel e o qualificou como um "herói". O jovem morto era um ex-fuzileiro naval que se uniu a uma companhia paramilitar privada e se ofereceu como voluntário para viajar à Ucrânia.
Um cidadão britânico também morreu na Ucrânia e outro está desaparecido, segundo confirmou, na quinta-feira (28), um porta-voz do ministério britânico das Relações Exteriores. Ambos os homens lutavam como voluntários junto ao exército ucraniano, segundo os veículos de comunicação britânicos.
Pouco depois da Rússia ter invadido o país em 24 de fevereiro, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu a formação de uma "legião internacional" de voluntários estrangeiros para ajudar defender a Ucrânia.
No início de março, o chanceler ucraniano Dmitro Kuleba mencionou o número de 20 mil voluntários estrangeiros que se uniram às forças de seu país para combater na guerra.