A China começou a retirar seus cidadãos retidos pela invasão russa da Ucrânia, informou a imprensa chinesa, em meio a tensões nas normalmente boas relações entre Pequim e Moscou.
Quase 600 estudantes chineses foram retirados na segunda-feira de Kiev e Odessa, no sul, para a Moldávia, revelou o jornal Global Times, que citou a embaixada chinesa na capital ucraniana.
Os chineses viajaram a bordo de ônibus escoltados por funcionários da embaixada e policiais ucranianos, afirmou a publicação, que classificou o percurso de seis horas como "seguro e tranquilo".
Xi Jinping incentiva resolução via diplomacia
O presidente chinês, Xi Jinping, conversou na sexta-feira (25) com seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia e se mostrou favorável a uma resolução do conflito pela via diplomática. "A China apoia a Rússia na resolução (do conflito) por meio de negociações com a Ucrânia", informou a televisão estatal chinesa CCTV, ao apresentar um resumo do telefonema entre os dois.
Após meses de esforços diplomáticos, Vladimir Putin promoveu a invasão da Ucrânia na madrugada de quinta-feira (24), com as tropas russas realizando bombardeios e incursões terrestres em várias partes do país, inclusive perto da capital Kiev. Desde então, a China manteve uma linha diplomática cautelosa em relação à crise, recusando-se a rotulá-la de "invasão". Tampouco condenou as ações da Rússia, sua aliada próxima.