A Rússia anunciou nesta quarta-feira (16) o fim das manobras militares e a retirada de parte de suas tropas da península ucraniana anexada da Crimeia, onde a presença de soldados alimentou os temores de uma invasão da Ucrânia.
"As unidades do distrito militar do sul finalizaram os exercícios táticos nas bases da península da Crimeia, retornando às suas bases permanentes", afirmou o ministério russo da Defesa em um comunicado, citado pelas agências notícias locais.
O comunicado informa que tanques, veículos de infantaria e artilharia deixarão a Crimeia de trem.
Canais de televisão russos exibiram imagens noturnas de um trem blindado que atravessava a ponte sobre o estreio de Kertsch, construída pela Rússia para ligar a Crimeia ao seu território.
Na terça-feira (15), Moscou anunciou uma retirada "parcial" dos soldados enviados há semanas à fronteira com a Ucrânia, um sinal de distensão após dois meses de temores sobre uma invasão, em um contexto de crise entre a Rússia e os países ocidentais.
Os Estados Unidos e as potências europeias, no entanto, ainda aguardam provas de uma retirada militar mais expressiva da Rússia, embora expressem um otimismo prudente. Moscou não divulgou a dimensão nem o calendário da retirada.
A Rússia mobilizou mais de 100 mil militares na fronteira ucraniana, segundo os países ocidentais. Ao mesmo tempo, as manobras militares dos exércitos russo e bielorrusso prosseguem até 20 de fevereiro em Belarus, outro vizinho da Ucrânia.