O ex-presidente e líder opositor da Geórgia Mikheil Saakashvili anunciou, nesta segunda-feira (21), que vai iniciar uma nova greve de fome para protestar contra suas condições de encarceramento.
No ano passado, ele ficou 50 dias sem comer.
"Vou fazer greve de fome", declarou Saakashvili a um tribunal de Tbilisi, onde pediu "cuidados médicos adequados" na prisão.
Detido em 1º de outubro ao voltar para o país depois de oito anos de exílio na Ucrânia, Saakashvili se recusou a comer por 50 dias para protestar contra sua prisão, resultado de uma condenação por abuso de poder, denunciada por ele como "política".
Este político pró-Ocidente de 54 anos, que liderou o país do Cáucaso entre 2004 e 2013, voltou a comer após ser internado em um hospital militar em Gori (leste), no final de novembro.
Em 30 de dezembro, foi devolvido à prisão, apesar da preocupação de seu entorno, que o considera muito debilitado.
A prisão desta figura da oposição exacerbou a crise política gerada após as eleições legislativas na Geórgia, marcadas por denúncias de fraude feitas pela oposição. Esta resultado levou aos maiores protestos contra o governo registrados em dez anos no país.
* AFP