A Rússia aumentou a presença na fronteira com a Ucrânia com "pelo menos 7 mil militares", alguns deles chegando na quarta-feira (16), assegurou um alto funcionário da Casa Branca, que qualificou como "falso" o anúncio de Moscou de retiradas de tropas. Nesta quinta (17), por exemplo, o governo russo anunciou o retorno de mais soldados que estavam na Crimeia, península ucraniana anexada.
— Ontem (terça-feira) o governo russo anunciou que estava retirando tropas da fronteira com a Ucrânia (...), mas agora sabemos que isso é falso. De fato, confirmamos que nos últimos dias a Rússia aumentou sua presença ao longo da fronteira ucraniana em até 7 mil soldados, alguns dos quais chegaram hoje — afirmou o alto funcionário a repórteres, pedindo anonimato.
Moscou pode "a qualquer momento" lançar uma operação que lhe serviria de "pretexto falso" para invadir a Ucrânia, prosseguiu. Segundo a fonte, "a Rússia diz querer encontrar uma solução diplomática, mas suas ações indicam o contrário".
O alto funcionário considera que esta operação em busca de um pretexto poderia assumir "diferentes formas", como "uma provocação" na região de Donbas, ou uma falsa "incursão" em território russo.
— Haverá mais notícias falsas da mídia estatal russa nos próximos dias — antecipou. — Esperamos que o mundo esteja pronto.
Paralelamente, um alto funcionário da Casa Branca anunciou que a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se reunirá no sábado com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à margem da Conferência de Segurança em Munique.