O chanceler alemão Olaf Scholz não aceitou passar por um teste de covid administrado pelas autoridades russas durante sua visita a Moscou, nesta terça-feira (15), optando por ser submetido a um exame feito por um de seus médicos, informou uma fonte do governo.
Scholz "foi submetido a um teste de um médico da embaixada alemã" depois de chegar a Moscou, afirmou a fonte, que pediu anonimato.
Uma decisão similar foi adotada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para uma reunião na semana passada: o Kremlin decidiu levar o encontro para uma enorme mesa, com grande distância do presidente Vladimir Putin. Scholz se sentou à mesma mesa durante a reunião.
O porta-voz de Putin, Dmitri Peksov, explicou que a decisão de posicionar Macron na longa mesa foi tomada depois da decisão do presidente francês de não ser submetido a um teste de covid efetuado por médicos do Kremlin, para não dar aos russos uma amostra de seu DNA.
Scholz, como Macron fez na semana passada, tenta buscar uma solução diplomática para a crise envolvendo Rússia e Ucrânia.
Caso Navalny
Outro assunto na pauta dos dois líderes foi a condenação do opositor russo Alexei Navalny. Em coletiva, Scholz, criticou a prisão.
— No que diz respeito a Navalny, minha posição é muito clara, e sua condenação é incompatível com os princípios de um Estado de Direito. E já expressei esta posição em muitas ocasiões — disse o chanceler.
O opositor recebeu tratamento na Alemanha em 2020 após ser envenenado pelos serviços secretos russos. Um tribunal local começou nesta terça-feira a julgar Navalny, que está há mais de um ao preso e enfrenta outros 10 anos de prisão. Ele é acusado de desviar mais de U$ 4,7 milhões em doações a suas organizações.