Pelo menos sete pessoas morreram nesta sexta-feira (22), em um ataque a um seminário islâmico localizado em um acampamento de refugiados de Rohingya, na fronteira entre Bangladesh e Mianmar - informou a polícia.
Os agressores atiraram e esfaquearam as vítimas, segundo um chefe da polícia regional.
Estes ataques ocorrem em meio a tensões crescentes, após o assassinato de um líder dessa minoria muçulmana em um acampamento, há três semanas.
Quatro pessoas morreram de imediato no ataque desta sexta-feira, e outras três, no hospital do acampamento de Balukhali. A polícia disse não saber quantos feridos foram deixados pela ofensiva.
"Prendemos um agressor imediatamente depois do incidente", disse à imprensa Shihab Kaisar Khan, chefe regional de um batalhão de polícia.
O homem foi encontrado com uma pistola, seis cartuchos de munição e uma faca, acrescentou.
Muitos ativistas rohingyas decidiram se esconder desde que o defensor dos direitos desta minoria, Mohib Ullah, foi assassinado em 29 de setembro por desconhecidos.
Alguns ativistas acusaram o Exército de Salvação Rohingya Arakan (ARSA, na sigla em inglês) pelo crime. ARSA é o grupo que organizou os ataques contra as forças de segurança em Mianmar em 2017, que levaram a uma intervenção militar e ao êxodo em massa de 740.000 rohingyas para Bangladesh.
O ARSA rejeita essas acusações.
Nesse contexto, os moradores dos acampamentos afirmam que "o sentimento de medo" aumentou, enquanto a polícia diz que reforçou a segurança.
* AFP