Líderes de países da África Ocidental pediram à junta militar da Guiné que convoque eleições nos próximos seis meses para devolver o poder aos civis, e anunciaram sanções contra os líderes do golpe realizado no começo do mês.
Os integrantes da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao) se reuniram nesta quinta-feira para discutir a situação daquele país, suspenso do bloco após a derrubada do presidente Alpha Condé, agora detido.
"Os chefes de Estado insistiram em que a transição deve ser breve", disse o presidente da comissão da Cedeao, Jean Claude Kassi Brou, após a reunião de cúpula, realizada em Acra, Gana. "A transição não deve durar mais de seis meses. Em seis meses, eleições devem ser realizadas", enfatizou.
Em nota, o bloco anunciou a imposição de sanções de viagem a integrantes da junta militar e seus familiares, bem como o congelamento de seus ativos financeiros. A Cedeao pediu que a União Africana, as Nações Unidas e a União Europeia apoiem essas decisões.
Na Guiné, as novas autoridades encerravam na sexta-feira quatro dias de encontros com líderes políticos, religiosos, ativistas, diplomatas, empresários e sindicalistas visando a estudar a transição para um governo civil.
Tanto a Cedeao quanto a União Africana suspenderam a Guiné de seus órgãos após o golpe.
* AFP