Cerca de 3 mil suspensões foram aplicadas a trabalhadores da saúde não vacinados contra a covid-19 na França, após a entrada em vigor, na quarta-feira (15), da obrigatoriedade de imunização para estes profissionais. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Olivier Véran, nesta quinta (16).
— Ontem, cerca de 3 mil suspensões foram notificadas ao pessoal de centros de saúde (...) Também houve dezenas de demissões — disse Véran à rádio RTL.
— Estamos falando de cerca de 2,7 milhões de funcionários — completou o ministro, destacando que a continuidade do atendimento de saúde está assegurada.
Segundo Véran, "um grande número destas suspensões é temporário" e diz respeito, "basicamente, ao pessoal dos serviços de apoio".
A obrigação de se vacinar contra a covid-19 entrou em vigor na quarta-feira para 2,7 milhões de profissionais de saúde na França que trabalham em hospitais e lares para idosos, além de cuidadores, ajudantes domésticos, bombeiros e assistentes de ambulâncias.
Segundo dados oficiais levantados pela agência pública de saúde até 12 de setembro, 89,3% dos cuidadores em centros de acolhimento de adultos dependentes haviam recebido pelo menos uma dose. Em relação à população em geral, este número corresponde a 73,9%.
Com o objetivo de acelerar o ritmo de vacinação, a nova norma estipula que o profissional de saúde que não informar se recebeu a primeira dose, se tem alguma contra-indicação para ser imunizado, ou se foi infectado recentemente, não poderá exercer o ofício.
Desde o início da pandemia, a França acumula mais de 115 mil mortes por coronavírus.