São Tomé e Príncipe, pequeno arquipélago de língua portuguesa do Golfo da Guiné, elege neste domingo (18) seu novo presidente da República, neste país considerado como um dos modelos de democracia parlamentar na África que permite a alternância política.
São 19 os candidatos para suceder por cinco anos Evaristo Carvalho, eleito em 2016, que não se candidatou este ano.
Os centros de votação abriram cedo pela manhã na capital São Tomé, anunciou à AFP por telefone Fernando Maquengo, o presidente da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), para esta eleição por sufrágio universal com dois turnos.
Nesse país de aproximadamente 210.000 habitantes, colônia portuguesa até 1975, o presidente possui apenas um papel honorífico, já que o essencial do poder Executivo deste governo parlamentar cabe ao primeiro-ministro. Este cargo é ocupado pelo social-democrata Jorge Lopes Bom Jesus desde que uma coalizão socialista venceu as legislativas de 2018 contra o partido de centro-direita de Carvalho.
Após 15 anos de um governo marxista de partido único, São Tomé se abriu ao multipartidarismo em 1991.
Após várias tentativas de golpes de Estado, os últimos deles em 2003 e 2009, o governo parlamentar foi estabelecido e permitiu várias alternâncias de poder entre as duas forças que animam a vida política do país: a Ação Democrática Independente (ADI, centro-direita) de Carvalho e o Movimento para a Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP, centro-esquerda, ex-partido único).
Os favoritos para a eleição deste domingo são um dos candidatos do MLSTP, Guilherme Posser da Costa, de 68 anos e ex-chefe de governo; o presidente da Assembleia Nacional, Delfim das Neves, cujo Partido da Convergência Democrática (PCD) pertence à coalizão governamental; e Carlos Vila Nova, do ADI, na oposição desde 2016.
* AFP