O Parlamento albanês votou nesta quarta-feira (9) pela destituição do Presidente Ilir Meta, acusado por uma comissão parlamentar de ter violado a Constituição ao participar da campanha eleitoral nas últimas eleições legislativas, quando devia mostrar-se neutro.
A decisão, no entanto, não é definitiva e Meta, de 52 anos, exercerá as suas funções até que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre o tema, no prazo de três meses.
Ilir Meta, presidente da Albânia desde 2017 (uma função principalmente honorária) trocou insultos com o primeiro-ministro, Edi Rama, durante a última campanha eleitoral. O Partido Socialista, de Rama, venceu as eleições.
Ilir Meta acusou Rama de autoritarismo e corrupção, ataques rejeitados pelo primeiro-ministro.
Após as eleições, foi criada uma comissão parlamentar para investigar o comportamento do presidente.
De acordo com o relatório que esta comissão apresentou na quarta-feira, o presidente Meta "violou 16 artigos da Constituição" ao "se comprometer abertamente a favor da oposição nas eleições legislativas de 25 de abril", para as quais "deve ser destituído de suas funções".
Cento e quatro deputados, de um total de 121, votaram a favor de sua destituição.
Seu gabinete considerou a votação uma "decisão inconstitucional e ridícula".
Antes da votação, Ilir Meta afirmou que pretende permanecer no cargo até o final do mandato, em 24 de julho de 2022.
No passado, Ilir Meta já foi primeiro-ministro e era filiado ao Partido Socialista, mas deixou essa função em 2004 fundou o Movimento Socialista pela Integração.
* AFP