O capitão do cargueiro que pegou fogo durante 13 dias antes de naufragar no litoral do Sri Lanka foi preso e deixado em liberdade sob fiança após uma prisão fugaz e pode ser acusado de poluição marinha, informou a polícia nesta segunda-feira (14).
O Sri Lanka exigiu 40 milhões de dólares por danos aos operadores do navio "MV X-Press Pearl", registrado na Singapura, do qual foram despejadas toneladas de grânulos plásticos no mar. Os ambientalistas consideram o "pior desastre ecológico marinho" da história da ilha.
Vitaly Tyutkalo, o capitão do navio, de nacionalidade russa, foi detido nesta segunda-feira no hotel em que se hospedava em Colombo, e foi levado à Alta Corte. Ficou em liberdade sob fiança.
"Não foram apresentadas acusações formais, mas ele compareceu ao tribunal por suspeitas de ter violado a lei de prevenção de poluição marinha", explicou um policial à AFP.
Tyutkalo, cujo passaporte foi confiscado, terá que voltar para se apresentar ao tribunal em 1º de julho, acrescentou a fonte.
Também foram confiscados os passaportes do engenheiro chefe, Oleg Sadilenko - também de nacionalidade russa - e do primeiro oficial Peter Anish, indiano. Os três foram interrogados pela polícia após a abertura de uma investigação.
O cargueiro afundou em 2 de junho na costa de Colombo depois de queimar por quase duas semanas.
Até o momento, foram recuperadas cerca de 1.200 toneladas de grânulos plásticos, que foram armazenados em 45 contêineres, explicaram as autoridades.
* AFP