O primeiro-ministro jordaniano, Bisher al Khasawneh, confirmou nesta segunda-feira (12) aos deputados que o príncipe Hamza, meio-irmão do rei da Jordânia acusado de ter colocado a monarquia em risco, não será julgado, disse um parlamentar à AFP.
Além disso, o primeiro-ministro negou alguma tentativa de golpe de Estado, de acordo com esta fonte, que participou em uma reunião a portas fechadas mais de uma semana depois de a Justiça ordenar a prisão domiciliar contra o príncipe Hamza, pelo seu suposto envolvimento em um "complô" contra seu país (o que ele nega).
Khasawneh afirmou que "o caso [do príncipe] Hamza foi resolvido dentro da família real", explicou o deputado Saleh Al Armouti, confirmando que o príncipe não será julgado junto aos outros suspeitos de terem participado do suposto plano.
Cerca de vinte pessoas foram detidas e, pressionado pela família, o príncipe prometeu "ser fiel" ao rei Abdallah II, que em 2004 lhe retirou o título de príncipe herdeiro para concedê-lo ao seu filho mais velho, Husein. No domingo, os dois apareceram juntos no centenário da Jordânia.
O chefe de governo "negou a tentativa de golpe de Estado", afirmou Armouti. Mas se não houve nenhuma tentativa de golpe, o que aconteceu?
Khasawneh se limitou a dizer "que o caso foi enviado hoje [segunda] à procuradoria, sem nos explicar se é a procuradoria do Tribunal de Segurança do Estado ou de um tribunal normal", acrescentou.
* AFP