Os eleitores da Costa do Marfim votam, neste sábado (6), para eleger seus deputados, visando o retorno da estabilidade política, quatro meses depois de uma convulsiva eleição presidencial.
Os 7,4 milhões de eleitores poderão votar em um dos 22 mil centros autorizados, para escolher 255 deputados em 205 circunscrições.
Pela primeira vez em uma década, os principais atores políticos do país participam dessas legislativas.
A oposição havia boicotado a eleição presidencial de 31 de outubro de 2020, marcada pela violência e que resultou em 87 mortos e quase 500 feridos.
Alassane Ouattara conquistou um polêmico terceiro mandato após essa votação.
Desta vez, a campanha foi realizada de forma pacífica, como destacou a Comissão Eleitoral Independente (CEI).
"De acordo com a opinião quase unânime dos diferentes partidos que participaram do processo, a campanha foi realizada em todo o território nacional de forma pacífica, apesar de alguns incidentes menores e marginais", disse a agência na sexta-feira.
Estas eleições representam o grande retorno da Frente Popular da Costa do Marfim (FPI) do ex-presidente Laurent Gbagbo, de 75 anos.
Esta formação boicotou todas as eleições desde a prisão de Gbagbo, em abril de 2011, em Abidjan, e sua transferência para o Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, como resultado da crise pós-eleitoral daquele ano, que começou com sua recusa em aceitar seu derrota contra Ouattara nas eleições presidenciais e que causou 3.000 mortes.
* AFP