A Itália chegou a 1.071 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas no país. Os dados oficiais foram divulgados neste sábado (22), e representam o pior número diário após o fim do confinamento em maio.
Segundo o balanço do Ministério da Saúde local, também ocorreram três óbitos, o que eleva o total de mortes para 35.430 no país. Desde fevereiro, 258.136 italianos tiveram diagnóstico positivo para covid-19.
Um quinto dos novos casos foi detectado em Roma e sua Região Metropolitana, onde 215 pessoas foram diagnosticadas como positivas, "um número recorde", reconheceu Alessio D'Amato, chefe da saúde na região romana do Lácio.
Até o momento, o maior número de infecções diárias na capital italiana havia sido registrado no dia 28 de março, à época em total confinamento, com 208 casos. Outras regiões nas quais o vírus circula ativamente são Lombardia, com 185 novos casos neste sábado, e Veneto, com 160.
— Cerca de 61% (dos novos casos em Roma) estão relacionados ao retorno das férias — explicou D'Amato, que especificou que 45% deles são habitantes da capital que retornaram de férias na Sardenha. O vírus afetou pouco a ilha na primavera, mas agora circula ativamente.
Depois de se tornar um dos países europeus mais afetados pelo vírus, com mais de 35 mil mortes, a Itália controlou a pandemia na primavera com confinamento estrito, mas nas últimas semanas novos surtos se multiplicaram, embora em menor extensão do que na Espanha e França.
O governo italiano adotou diversas medidas para conter essa nova onda de infecções, como o fechamento de boates desde 17 de agosto e a obrigatoriedade do uso de máscaras nas ruas mais movimentadas das grandes cidades entre 18h e 6h.