As companhias aéreas British Airways, EasyJet e Ryanair anunciaram nesta sexta-feira (12) uma ação na Justiça contra o governo britânico para que desista de impor a quarentena obrigatória de duas semanas a todos os os passageiros que chegam ao Reino Unido.
Desde segunda-feira (8), qualquer pessoa que chega do Exterior, tanto residentes no Reino Unido como turistas, deve cumprir o isolamento de 14 dias. Quem não cumpre a medida pode ser multado em 1.000 libras (US$ 1.250).
As empresas afirmam em um comunicado conjunto que o isolamento obrigatório de 14 dias, que pode ser revisado a cada três semanas, "terá um efeito devastador no turismo britânico e sua economia e vai destruir milhares de empregos". As companhias pedem que o caso seja examinado o mais rápido possível pela Justiça.
"Não aconteceram consultas nem foram apresentadas provas científicas para aplicar uma medida tão drástica", afirmam em seus argumentos de impugnação legal.
Para os críticos da medida, o Reino Unido, o país mais afetado da Europa pela covid-19, está provocando um duro golpe no transporte aéreo e nos setores do turismo e de hotelaria ao obstruir as viagens a partir de países com menos casos de coronavírus.
A British Airways e as duas companhias de baixo custo pretendiam iniciar os procedimentos judiciais contra a medida de maneira imediata, mas adiaram a ação quando a imprensa informou que o governo estudava introduzir "pontes aéreas" com alguns países para evitar a quarentena.
Mas as empresas afirmaram nesta sexta-feira que "ainda não observaram nenhuma evidência sobre como e quando serão implementadas as 'pontes aéreas'". As três companhias aéreas pedem que o governo restabeleça as medidas introduzidas em março, que determinavam a quarentena apenas aos passageiros procedentes de países de "alto risco".