Afetado pelas perspectivas econômicas negativas por causa da pandemia do novo coronavírus, o preço do petróleo em Nova York terminou esta quinta-feira (12) com queda de 4,5%.
O barril do WTI para entrega em abril fechou em US$ 31,50, frente aos US$ 32,98 divulgados na quarta-feira, apresentando queda de 4,5%.
O Brent, para entrega em maio, sofreu queda de 7,2%, ou US$ 2,57, vendido a US$ 33,22.
Desde o início deste ano, os dois barris usados como referência perderam quase a metade do seu valor. Na última segunda, tiveram sua maior baixa desde a primeira guerra do Golfo, em 1991, despencando 25%.
Os preços do barril são influenciados pela oferta, em meio a uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, e pela demanda, duramente afetada pela crise sanitária.
O anúncio do presidente Donald Trump, que na última quarta decidiu suspender por 30 dias os voos da Europa aos Estados Unidos como forma de controlar a pandemia, terá efeito "imediato sobre a demanda" de combustível, ressalta Mark Williams, da Mackenzie.
O Covid-19 contaminou mais de 130 mil pessoas desde o final de dezembro, dos quais 4.923 morreram.
"Do ponto de vista do mercado, a aversão ao risco deveria continuar colocando pressão mais além de todo elemento realmente ligado aos fundamentos do mercado", constatou Robbie Fraser, da Schneider Electric.
* AFP