O líder da oposição do Camboja no exílio, Sam Rainsy, chegou à Malásia neste sábado, a etapa final de uma jornada que ele deseja concluir em seu país, onde seu inimigo jurado e primeiro-ministro, Hun Sem, reforçou a segurança nas fronteiras para impedir sua entrada.
Na quinta-feira, Sam Rainsy não pôde embarcar em um voo de Paris para Jacarta, porque a Tailândia não lhe deu permissão para pisar em seu território. Finalmente, conseguiu pegar outro voo para Kuala Lumpur.
Rainsy, político fundador do Partido Nacional de Resgate do Camboja (CNRP), exilado na França, queria estar em seu país em 9 de novembro, dia do feriado nacional do reino. "Estamos no caminho certo. Vamos manter a esperança", disse ao chegar a Kuala Lumpur.
Vários membros da oposição estão atualmente tentando retornar ao Camboja, liderado há 34 anos pelo primeiro-ministro Hun Sen.
Vários deles foram presos, como Um Sochua, presa na Malásia enquanto tentava retornar a seu país, embora tenha sido libertada horas depois.
Hun Sem enviou suas tropas à fronteira com a Tailândia para impedir o retorno de Rainsy e enviou mandados de prisão contra ele aos países vizinhos para que ele não pudesse entrar no Camboja.
Na capital do Camboja, Phnom Penh, dezenas de policiais e caminhões do exército foram mobilizados nas ruas e ao redor do aeroporto, relataram jornalistas da AFP.
* AFP