No encontro de encerramento do Sínodo dos Bispos, neste sábado (26), o Papa Francisco afirmou que pretende criar uma espécie de departamento dentro do Vaticano dedicado exclusivamente à região amazônica. O Papa ainda alertou contra "injustiças" cometidas na região. As informações são do portal G1.
O espaço dedicado à Amazônia será um escritório dentro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, hoje sob os cuidados do cardeal ganês Peter Turkson. A função desse novo departamento na Cúria Romana ainda não está clara.
O documento final do Sínodo, aprovado após encontros que iniciaram no dia 6, será divulgado ainda neste sábado.
— Na Amazônia aparece todo tipo de injustiça, destruição de pessoas, exploração de pessoas em todos os níveis. E destruição da identidade cultural — disse Francisco, acrescentando que a dimensão ecológica nunca está separada das questões sociais.
O pontífice também anunciou que, até o fim do ano, pretende escrever um documento com suas decisões após os debates do sínodo, a chamada "exortação apostólica pós-sinodal".
— Vai depender de quanto tempo eu tiver para pensar — brincou Francisco.
A consciência ecológica da Igreja, na avaliação do Papa, vem crescendo ao longo dos últimos anos. Um dos responsáveis por isso teria sido o patriarca ortodoxo Bartolomeu, de quem Francisco é bastante próximo.
De acordo com Francisco, a encíclica “Laudato si", documento publicado poucos dias antes do Acordo de Paris, tornou mais claras as bases do pensamento ecológico do catolicismo.
Francisco ainda comentou que essa "dimensão ecológica” envolve o futuro e, por isso, tantos jovens estão envolvidos em movimentos desse tipo:
— Na manifestação dos jovens, no momento de Greta (Thunberg), mas também outros, levam um cartaz dizendo "o futuro é nosso". Isso é a consciência do pedido ecológico.