O líder opositor venezuelano Juan Guaidó afirmou nesta segunda-feira (17) que fundos supostamente fraudados por delegados seus para ajudar militares desertores na Colômbia correspondiam a doações privadas.
Uma publicação do meio digital Panam Post acusou na sexta-feira dois delegados de Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, de desviar recursos destinados a custear gastos de militares que retiraram seu apoio ao presidente Nicolás Maduro e desertaram para a Colômbia em fevereiro passado.
"A assistência aos militares se fez através da Acnur e do governo colombiano", mas se "chegou a um ponto de saturação e foi necessário administrar ajuda através de fundos privados para atender o resto", explicou Guaidó nesta segunda-feira em coletiva de imprensa.
Tais "doações de particulares" somaram cerca de 90.000 dólares, detalhou o líder opositor. "A presunção, a simples denúncia, já é suficiente para investigar, fazer seguimento. Para nós (...) um dólar é sagrado, venha de onde vier", afirmou, em relação às supostas malversações de seus delegados.
Guaidó pediu na sexta una investigação às autoridades colombianas e no sábado eximiu de suas responsabilidades dois dos supostos envolvidos, Rossana Barrera e Kevin Rojas, que identificou como "enviados operativos".
No entanto, seu embaixador em Bogotá, Humberto Calderón, afirmou no Twitter que a investigação foi iniciada por sua própria iniciativa há dois meses, após uma informação que recebeu da Direção Geral de Inteligência da Colômbia.
* AFP