Ao menos duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas na terça-feira (30) em um tiroteio no campus de Charlotte da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
O escritório de gestão de emergência da universidade tuitou um alerta reportando que tiros haviam sido ouvidos no campus logo após as 18h locais (19h de Brasília), no último dia de aulas do ano letivo.
"Corram, se escondam, lutem. Protejam-se imediatamente", dizia a mensagem.
A emissora de televisão local WSOC-TV, afiliada da rede ABC, divulgou que duas pessoas foram assassinadas, enquanto quatro foram feridos, sendo que dois estão em estado grave.
A polícia confirmou que o atirador, identificado pela emissora NBC em Charlotte como um estudante de história de 22 anos, está sob custódia. Segundo uma afiliada da TV Fox, os mortos são dois rapazes, de 17 e 18 anos.
"Local seguro. Um detido. Não há razão para acreditar no envolvimento de outras pessoas", tuitou o Departamento de Polícia de Mecklenburg, acrescentando que forças de segurança e funcionários da universidade estavam vasculhando os prédios no campus em busca de pessoas ainda escondidas.
A prefeita de Charlotte, Vi Lyles, disse ter ficado "em choque" após saber do ataque.
"Meus pensamentos estão com as famílias daqueles que perderam a vida, os feridos, toda a comunidade da UNCC e os corajosos socorristas que entraram em ação para ajudar os outros", escreveu no Twitter.
Controle de armas
Os disparos ocorreram dias depois de um adolescente abrir fogo em uma sinagoga em Poway, Califórnia, matando uma pessoa e ferido outras três — o último de uma série de ataques a tiros em todos os Estados Unidos.
Segundo números oficiais, 40 mil pessoas foram mortas por armas de fogo nos Estados Unidos em 2017, dois terços deles em suicídios, a cifra anual mais alta em cinco décadas.
O debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos revive a cada tiroteio, que ocorrem com frequência.
Contudo, ao longo de décadas não foi encontrada uma solução que satisfaça aqueles que buscam um controle mais rígido das armas para reduzir estas tragédias e os que defendem a garantia ao direito constitucional de posse.
Enquanto legisladores republicanos têm obtido êxito em evitar o que eles descrevem como um ataque ao direito de ter armas, estabelecido na segunda emenda da Constituição dos Estados Unidos, os esforços por um maior controle estão ganhando força.