O Prêmio Nobel de Economia foi atribuído, nesta segunda-feira (9), ao americano Richard H. Thaler, da Universidade de Chicago, por seus trabalhos sobre os mecanismos psicológicos e sociais que operam nas decisões dos consumidores, ou investidores.
Richard H. Thaler demonstrou como algumas características humanas, entre elas os limites da racionalidade e as preferências sociais, "afetam sistematicamente as decisões individuais e as orientações dos mercados", explicou o Comitê do Nobel.
Com doutorado pela Universidade de Rochester (Estados Unidos), Richard Thaler teorizou o conceito de "contabilidade mental", explicando como indivíduos "simplificam a tomada de decisões financeiras, criando 'cases' em suas cabeças, concentrando-se no impacto de cada decisão individual, e não em seu efeito geral", de acordo com a Academia.
"Ele também mostrou como a aversão à perda pode explicar por que os indivíduos valorizam mais alguma coisa quando a possuem do que quando não a possuem", um fenômeno chamado "aversão à desposse".
Da Escola de Chicago criada por Milton Friedman, o premiado de 72 anos confirma a prevalência dos americanos entre os laureados das ciências econômicas. Dos 78 premiados até à data, mais de um terço era ligado a esta escola econômica.
Thaler, que receberá 9 milhões de coroas suecas (944 mil euros), disse estar "muito feliz" com o Prêmio Nobel e prometeu "tentar gastar seu prêmio da maneira mais irracional possível".
Nascido em 12 de setembro de 1945, o economista leciona atualmente na Universidade de Chicago.
Curiosamente, fez um pequena participação em 2015 no filme "A Grande Aposta", sobre a explosão da bolha imobiliária que levou em 2008 à crise financeira global.
* AFP