A Coreia do Norte lançou um míssil balístico intercontinental nesta sexta-feira (28), afirmou o Pentágono. Semanas antes, Pyongyang havia testado seu primeiro míssil dessa capacidade, resultando em mais um passo na crise internacional com o regime comunista.
– Consideramos que esse míssil era um balístico intercontinental, como esperávamos – afirmou o porta-voz do Pentágono, capitão Jeff Davis. – O míssil foi lançado de Mupyong-ni e percorreu cerca de 1 mil quilômetros antes de cair no Mar do Japão. Estamos trabalhando com agências parceiras para ter uma avaliação mais detalhada.
Este lançamento é realizado um mês após o primeiro teste bem sucedido por Pyongyang de um míssil balístico intercontinental (ICBM), que seria capaz de atingir o noroeste dos Estados Unidos, especialmente o Alasca. O sucesso tecnológico, alcançado em 4 de julho, Dia da Independência dos EUA, aproximou o regime comunista de seu objetivo de ser capaz de ameaçar o território continental americano.
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Mais cedo, o Japão anunciou sua decisão de impor novas sanções à Coreia do Norte, que afetam também as empresas chinesas, para tentar dissuadir o regime de Kim Jong-Un de continuar a desenvolver seu programa de armamento nuclear.
O ministro japonês de Relações Exteriores, Fumio Kishida, explicou que as sanções, sobretudo congelamento de ativos, são voltadas para cinco empresas – duas delas chinesas – e nove indivíduos por sua relação com a Coreia do Norte.
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, também convocou uma reunião de emergência de sua equipe de segurança nacional.
Até o momento, a estratégia dos Estados Unidos – seja da administração de Donald Trump ou de Barack Obama – não deu frutos: apesar dos sucessivos reforços das sanções internacionais e da pressão sobre a China – principal aliada da Coreia do Norte –, o regime do líder Kim Jong-Un prossegue com seus programas militares balísticos e nucleares.
Nas Nações Unidas, a embaixadora americana Nikki Haley informou esta semana progressos com Pequim para impor novas sanções "bastante duras" contra Pyongyang.