Um alemão de 50 anos morreu e outras seis pessoas ficaram feridas após um ataque com faca, nesta sexta-feira (28), em um supermercado de Hamburgo, no norte da Alemanha. O autor foi preso, conforme informou a polícia.
– Ainda não dispomos de informações confiáveis sobre as razões do ataque e sobre o número de pessoas feridas – indicou uma autoridade policial, segundo a qual o agressor "entrou no supermercado e começou, de repente, a atacar clientes".
Em seu site, o jornal alemão Bild publicou uma foto do agressor com uma sacola branca cheia de sangue sobre a cabeça. De acordo com o jornal, ele teria gritado "Alá é grande!" antes de atacar.
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O suspeito fugiu após o ataque, mas foi perseguido por testemunhas, que alertaram a polícia, e acabou preso. A polícia alemã informou que o homem, de 26 anos, nasceu nos Emirados Árabes Unidos. O jornal Tagesspiegel, que cita fontes próximas aos serviços de segurança, afirma que o agressor era conhecido pela polícia como islamita e chegou ao país como refugiado.
"Trata-se de um atacante solitário. As primeiras informações evocavam uma tentativa de roubo como possível razão, mas isso não foi confirmado", indicou a polícia de Hamburgo em sua conta no Twitter.
Segundo o Bild, a polícia antiterrorista também foi enviada para o local do crime.
A Alemanha está sob alerta de ameaça terrorista desde que, em dezembro, um homem matou 12 pessoas atropeladas com um caminhão em uma feira natalina em Berlim. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque, lançado pelo tunisiano Anis Amri, de 24 anos, que teve seu pedido de asilo negado no país. Este foi o pior atentado terrorista em território alemão, mas não o primeiro.
Em 2016, o EI reivindicou um ataque com bomba na cidade de Ansbach, no sul do país, que feriu 15 pessoas. Seu autor, um sírio, foi o único a morrer. Neste mesmo ano, um afegão armado com um machado causou pânico em um trem na Baviera. Feriu cinco pessoas até ser morto pela polícia.
Nos dois casos, os agressores eram requerentes de asilo. Os investigadores suspeitam de que a radicalização aconteceu na Alemanha e que eles não foram enviados de um país estrangeiro para cometer atentados – caso dos extremistas islâmicos que atacaram Paris em novembro de 2015.
Os serviços de Inteligência da Alemanha estimam em 10 mil o número de pessoas radicalizadas no país, incluindo cerca de 1,6 mil consideradas potencialmente violentas. A Alemanha está na mira dos grupos extremistas, principalmente por seu envolvimento na coalizão que combate o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, assim como no Afeganistão desde 2001.