Um policial foi morto e outro ficou ferido na noite desta quinta-feira (hora local) durante um tiroteio na avenida Champs Elysées, em Paris, às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais francesas, informaram fontes policiais.
O ministério do Interior informou que os policiais foram alvos de disparos por volta das 21h locais (15h de Brasília), e que o atirador foi "morto em resposta" aos disparos. Horas depois do ataque, o Estado Islâmico reivindicou o atentado.
– O autor do ataque na Champs Elysées, no centro de Paris, é Abu Yussef, o Belga, um dos combatentes do Estado Islâmico –, reportou a agência de propaganda do EI, Amaq.
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Dezenas de veículos de emergência deslocaram-se para a área, que foi isolada. Paralelamente, a seção antiterrorista do Ministério Público de Paris abriu uma investigação sobre o caso.
Segundo uma fonte policial, "o agressor chegou em um veículo e abriu fogo contra uma patrulha policial com uma arma automática". De acordo com fontes próximas à investigação, uma busca estava sendo realizada na residência do suposto autor do tiroteio, no subúrbio de Paris. Trata-se do titular do documento encontrado no veículo usado no ataque.
O tiroteio ocorre dois dias depois de a Polícia deter dois homens em Marselha, suspeitos de preparar um ataque "iminente" dias antes do primeiro turno das eleições, que ocorrerá no domingo.
A França se encontra em estado de emergência desde uma série de atentados extremistas, iniciada em 2015 e que causou a morte de mais de 230 pessoas.
Milhares de soldados e policiais armados foram enviados ao local para proteger pontos turísticos como a Champs Elysées e outros alvos em potencial, como prédios do governo e sítios religiosos.
Após o ocorrido, o primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, dirigiu-se ao Palácio do Eliseu, para se reunir com o presidente François Hollande.
Em Washington, o presidente americano Donald Trump disse que o tiroteio parece com os recentes ataques terroristas de que a França foi alvo.
– Antes de tudo, nosso país apresenta as condolências ao povo da França. Está acontecendo de novo, parece –, disse em coletiva de imprensa conjunta com o premiê italiano, Paolo Gentiloni.
– Parece outro ataque terrorista. O que podemos dizer? Não acaba nunca. Temos que ser fortes e vigilantes, o digo faz muito tempo –, acrescentou.