Após afirmar que o porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson navegava em direção à península coreana, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos recuou e admitiu que o navio ainda não iniciou a viagem à região. A retificação oficial ocorre em meio à crescente tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.
Em 8 de abril, a marinha norte-americana anunciou que havia ordenado a um grupo aeronaval liderado pelo porta-aviões "navegar para o norte" para dissuadir a Coreia do Norte de lançar um possível ataque. Três dias depois, o chefe do Pentágono, Jim Mattis, declarou que o Vinson estava a caminho da península coreana. No dia 12, o presidente Donald Trump garantiu que o país estava "enviando uma armada muito poderosa".
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No entanto, em nota oficial, a Defesa norte-americana reconheceu que os navios permanecem ao largo da costa da Austrália. Uma foto da Marinha mostrava o Vinson em frente à ilha indonésia de Java no fim de semana.
- Eles vão zarpar para o norte através do Mar do Japão nas próximas 24 horas - declarou um oficial, que não quis se identificar.
O oficial declarou ainda que a frota não chegará à região antes da próxima semana, já que existem milhares de milhas náuticas entre o mar de Java e o do Japão.
Após o anúncio do envio da frota de ataque, muitos meios de comunicação reportaram que os navios navegavam para a Coreia do Norte quando, na verdade, estavam navegando na direção oposta. Washington elevou o tom diplomático antes de um desfile militar e do lançamento fracassado de um míssil no fim de semana pela Coreia do Norte. Na segunda-feira, o vice-presidente americano, Mike Pence, alertou que a "paciência estratégica" de Washington com Pyongyang havia chegado ao fim.
A Coreia do Norte respondeu com advertências bélicas, ameaçando realizar testes com mísseis.