Aos gritos de "Alá é grande", um homem atacou soldados com um facão próximo ao Museu do Louvre, nesta sexta-feira. O suspeito foi gravemente ferido após ser alvejado por um militar. De acordo com o primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, a ação do agressor teve "caráter terrorista".
O soldado atacado ficou levemente ferido, enquanto o suspeito foi atingido na barriga e está em estado de saúde grave, conforme o chefe de polícia de Paris, Michael Cadot.
– Após verificar o conteúdo de duas mochilas que ele carregava em suas costas, constatamos que não havia explosivos – afirmou.
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O ataque acontece em um contexto de forte ameaça extremista islâmica na França, atingida por uma série de ataques jihadistas nos últimos dois anos. De acordo com o chefe da polícia, o agressor estava armado com pelo menos um facão e correu em direção aos policiais no Carrousel du Louvre, centro subterrâneo de compras que fica próximo à entrada do museu. O homem fazia ameças e gritava "Allah Akbar".
Um militar reagiu e disparou cinco vezes, atingindo o estômago do agressor.
– Acredito ter se tratado de um ataque de uma pessoa que tinha um desejo claro de agredir, que era evidentemente ameaçador e que proferia palavras sugerindo que queria fazê-lo em um contexto terrorista – indicou o comissário da polícia.
Cerca de 250 pessoas estavam no museu no momento do ataque. O público foi mantido afastado e confinado em uma parte do Louvre, segundo Cadot. A área externa do ponto turístico, que atrai milhares de visitantes todos os dias, foi isolado pela polícia.
A França está sob o regime excepcional de estado de emergência desde os ataques em novembro de 2015, que causaram 130 mortes, em Paris. Soldados patrulham diariamente as ruas e locais turísticos da capital francesa.
Atingida duas vezes em 2015 por ataques extremistas sem precedentes, a França vive com medo de novos ataques, apesar de um aparato de segurança drasticamente reforçado.
O grupo Estado Islâmico, que tem perdido terreno no Iraque e na Síria, onde proclamou um califado, em 2014, ameaça a França em retaliação à participação do país na coalizão militar internacional que combate os extremistas nos dois países.
O EI também defende ataques contra os "infiéis" sempre que possível e tenta exportar para a Europa, graças aos extremistas que retornam da Síria, com um mandato para conduzir operações em solo europeu.