Dez detidos da prisão militar americana de Guantánamo chegaram nesta segunda-feira ao sultanato de Omã, onde residirão de "forma provisória", anunciou o ministério das Relações Exteriores em Mascate.
O ministério não informou as nacionalidades destes presos acolhidos por Omã a poucos dias do fim do mandato do americano Barack Obama, que havia convertido o encerramento da controversa prisão para supostos extremistas de Guantánamo em um dos objetivos de sua presidência.
"Por ordem do sultão Qabus e a pedido do governo americano, que busca uma solução à questão dos presos de Guantánamo, dez destes detidos chegaram hoje ao sultanato para residir aqui de forma provisória", informou a chancelaria em um comunicado publicado pela agência de notícias oficial ONA.
Obama não conseguiu cumprir sua promessa fechar esta controversa prisão. Situada em uma base militar americana na localidade cubana de Guantánamo, encarna para muitos países de todo o mundo os excessos da luta antiterrorista empreendida pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001.
No entanto, conseguiu reduzir consideravelmente o número de presos detidos ali.
Quando Obama chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009, havia 242. No dia 5 de janeiro passado, após a transferência de quatro iemenitas à Arábia Saudita, o Pentágono havia informado que só restavam 35.
Portanto, com esta nova transferência a Omã, agora seriam 45 os detidos em Guantánamo.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumirá o cargo nesta sexta-feira, já expressou sua oposição a qualquer nova transferência de detidos desta prisão militar a outros países.
Washington mantém boas relações com Omã, país que desempenhou com frequência um papel de mediador no Oriente Médio, especialmente entre as duas potências regionais rivais: Arábia Saudita e Irã.
O sultanato também contribuiu para obter a libertação de reféns americanos detidos no Iêmen.
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