Após a confirmação de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, milhares de pessoas foram às ruas em protestos contra a vitória do republicano. As principais concentrações ocorreram em cidades em que os democratas venceram as eleições.
Em Nova York, pelo menos cinco mil manifestantes protestaram contra o magnata, de acordo com o site G1. Eles se reuniram em frente ao Trump Tower e entoaram palavras de ordem contra o presidente eleito. Os manifestantes portavam cartazes com frases como "Love Trumps Hate" (um trocadilho para "O Amor supera o Ódio") e "Trump Grabbed America by the Pussy" ("Trump pegou os EUA pela vagina"). Ao menos 30 pessoas, conforme autoridades locais, foram presas na cidade mais populosa dos Estados Unidos.
Protestos ocorreram também em Atlanta, Boston, Denver, Austin, Portland, Seattle, Los Angeles, Oakland, San Francisco, San Diego e Washington.
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Em Oakland, na Califórnia, manifestantes construíram barricadas e colocaram fogo nas estruturas. Houve confronto com a polícia. Pelo menos uma pessoa ficou seriamente ferida na cidade, onde manifestantes quebraram vitrines de lojas e incendiaram lixo. Autoridades investigam um incêndio dentro de um edifício.
Na capital, Washington, centenas de manifestantes se reuniram diante da Casa Branca para realizar uma vigília criticando o que qualificaram de racismo, sexismo e xenofobia de Trump. Os cartazes diziam "Temos uma voz" e "Educação para todos".
Ben Wikler, diretor em Washington do grupo MoveOn.org, informou que outros grupos se reuniram em centenas de comunidades do país, compartilhando as mesmas preocupações.
– As pessoas têm razões para sentir medo. Estamos aqui porque nestes momentos obscuros não ficamos sós – declarou Wilker, que foi apoiado pela multidão aos gritos de "Não estamos sós".
Ethan Miller, do grupo de defesa dos direitos dos trabalhadores "Jobs with Justice", afirmou que os organizadores realizaram a vigília de Washington para demonstrar a resistência da sociedade civil.
– É um momento difícil para muitos americanos. Vimos uma campanha cheia de racismo e misoginia e de táticas terríveis que em última instância permitiram que (Donald Trump) vencesse a eleição – disse Ethan Miller.
Em Los Angeles, na California, estudantes secundaristas e universitários protestaram e não assistiram às aulas. Centenas de adolescentes se reuniram diante da prefeitura cantando "Not my president!" (Não é meu presidente). Manifestantes queimaram uma imagem da cabeça de Trump, feita com uma caixa e coroada por um brilhante cabelo laranja, diante do City Hall (sede do município).
Na Pensilvânia, centenas de estudantes universitários marcharam pelas ruas, pedindo unidade.
No Oregon, os manifestantes bloquearam o trânsito no centro de Portland, fechando duas passagens de nível ferroviárias. Na Pensilvânia, centenas de estudantes universitários marcharam pelas ruas pedindo unidade.
Em Chicago, milhares de pessoas se reuniram ao redor da Trump Tower, bloqueando as ruas do centro e o tráfego, enquanto outros organizaram um contra-protesto no lado oposto do edifício.
*AFP