Dois americanos que haviam sido sequestrados no Iêmen foram libertados com a mediação de Omã e levados neste sábado para Mascate em um avião do Exército, para serem, posteriormente enviados a seu país, informou a agência oficial Ona.
A agência, que citou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Omã, acrescentou que fez o traslado dos feridos no ataque que deixou 140 mortos em Sanaa no fim de semana passado, sem informar as circunstâncias, a identidade dos reféns ou a duração do sequestro.
Sua libertação aconteceu "graças às autoridades competentes de Omã, em coordenação com a parte iemenita em Sanaa", acrescentou o porta-voz, referindo-se aos rebeldes huthis e seus aliados, envolvidos em um conflito armado com o governo.
Os reféns "foram transportados para o sultanato em um avião da Força Aérea de Omã, antes de serem repatriados", explicou.
Os Estados Unidos mostraram sua gratidão pela mediação de Omã e destacou o "gesto humanitário dos houthis", nas plavras do porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner.
"É algo em que viemos trabalhando nos últimos dias" afirmou por sua vez o secretário de Estado, John Kerry, em Lausanne, onde se encontra para negociações sobre a Síria.
No dia 20 de setembro um americano que dirigia em Sanaa um instituto de ensino de língua inglesa foi detido por homens que se apresentaram como membros de um serviço de segurança dos rebeldes houthis, segundo testemunhas.
Uma liderança desse rebeldes afirmou depois que o homem foi detido por "espionagem".
O Iêmen está mergulhado desde 2014 em uma guerra entre os huthis, rebeldes xiitas procedentes do norte, e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, expulso da capital, Sanaa, e cujas forças se reúnem, agora, no sul.
As forças do governo, apoiadas desde março de 2015 por uma coalizão militar árabe liderada pela Arábia Saudita, lutam, por sua vez, contra os rebeldes xiitas huthis, que controlam parte do pais (como a capital), e contra grupos jihadistas implantados no sul.
O conflito no Iêmen já causou 6.885 mortes desde a intervenção da coalizão árabe, segundo a ONU.
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