Uma série de ataques aéreos realizados pela aviação síria neste domingo em Aleppo matou dezenas de pessoas, enquanto um ataque a uma escola em Homs vitimou seis crianças.
- Ao menos 42 pessoas, entre elas seis crianças, morreram e 17 outras ficaram gravemente feridas no lançamento de barris de explosivos em uma estrada perto de um mercado e no bairro de Hanano (em Aleppo) - indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O centro de imprensa de Aleppo (oposição) denunciou "um massacre" sobre esta estrada, onde os barris de explosivos atingiram vários veículos matando todos os seus passageiros.
- Os hospitais estão lotados de feridos - relatou o centro de imprensa, sem saber indicar um número exato de vítimas, enquanto os bombardeios prosseguem sobre os bairros de Aleppo.
Em um vídeo divulgado pela organização, é possível ver uma grande poça de sangue em um carro completamente destruído. Outro vídeo mostra vários carros carbonizados, caminhões em chamas e um prédio destruído sob os olhares aterrorizados de pessoas reunidas.
A Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) denunciou a campanha de bombardeios realizada pelo regime há oito dias em Aleppo, evocando "uma situação de terror e um êxodo da população para terras agrícolas, apesar do frio glacial". No sábado, a organização Human Rights Watch condenou esses ataques, evocando um balanço de mais de 200 mortos em poucos dias.
- As forças governamentais provocaram um desastre humanitário em Aleppo - segundo a HRW.
Em Homs, no centro da Síria, oito pessoas, incluindo seis crianças, foram mortas na explosão de um carro-bomba.
- Seis estudantes e dois funcionários foram mortos por terroristas na explosão de um carro-bomba perto da escola primária da localidade de Um al-Amad, na província de Homs - indicou a Sana.
O OSDH, que se baseia em uma ampla rede de fontes civis, médicas e militares, confirmou a explosão e disse que cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas.
A organização indicou que Um al-Amad é habitada por xiitas ligada aos aluítas, comunidade à qual pertence o presidente Bashar Al-Assad, ao contrário da maioria dos rebeldes que lutam para derrubá-lo, que pertencem à comunidade sunita.
De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), ao menos 500.000 pessoas foram feridas na guerra que arrasa a Síria desde março de 2011.
- Ao menos meio milhão de pessoas foram feridas no país, enquanto milhões de outros ainda estão deslocadas e dezenas de milhares privadas de liberdade - explicou Magne Barth, chefe da delegação do CICV na Síria.
- As reservas de alimentos e de outros bens de primeira necessidade estão se esgotando perigosamente, particularmente nas zonas sitiadas (...) E por isso, apesar da extrema urgência da situação, é extremamente difícil levar ajuda aos sírios - acrescentou.