A Marinha italiana informou no sábado ter encontrado 34 cadáveres no mar Mediterrâneo após naufrágio ocorrido na sexta-feira perto de Malta e Lampedusa. As dezenas de mortes são registradas oito dias depois de outros 300 perderem a vida em frente à costa desta ilha do sul da Itália.
Na embarcação viajavam cerca de 230 refugiados, que aparentemente procedem do Chifre da África, com destino a pequena ilha italiana situada ao sul da Sicília.
O barco se desestabilizou e virou quando os imigrantes começaram a se mover, deslocando-se ao mesmo lado da embarcação para chamar a atenção de um avião militar que sobrevoava a zona, informou a mesma fonte.
A Marinha maltesa enviou rapidamente embarcações de resgate e helicópteros e enviou ao local do acidente vários navios comerciais, enquanto as autoridades italianas enviaram barcos militares, o "Libra" e o "Respiro", além de helicópteros que lançaram botes infláveis.
Este drama ocorre após o naufrágio de um barco de pesca em frente à costa de Lampedusa no dia 3 de outubro. Na embarcação viajavam mais de 500 refugiados, em sua maioria eritreus, e apenas 155 sobreviveram. Até o momento 339 cadáveres foram encontrados.
Por outro lado, as lanchas da guarda-costeira italiana socorreram na noite de sexta-feira outras duas embarcações em frente à costa de Lampedusa, segundo os meios de comunicação italianos. Em uma delas, um bote inflável, 85 imigrantes que viajavam lançaram um SOS e foram resgatados ao sul da ilha. A outra, que transportava 183 refugiados, entre os quais havia 34 mulheres e 49 crianças, foi inspecionada e imobilizada na entrada do porto.
Na manhã de sábado, um navio militar chegou a Lampedusa para transferir os 339 caixões das vítimas do naufrágio de 3 de outubro, a pior tragédia migratória ocorrida na Itália em mais de 10 anos.