O promotor Andrey Cunha Amorim, titular da 37ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, se manifestou nesta quarta-feira pelo indeferimento do pedido de revogação da prisão de Jeferson Bueno, motorista do Camaro que atropelou três pessoas no Réveillon dos Ingleses, deixando uma pessoa morta. A decisão é uma derrota para a defesa do condutor, que ainda espera que a Justiça revogue o pedido para que Jeferson se apresente à polícia.
– Pela gravidade do crime e pela aplicação da lei penal, uma vez que ele se evadiu do local e está foragido, eu decidi por negar o pedido. Até porque a culpa no momento é ele. A minha opinião é de que ele tem que ser preso – argumentou o promotor.
Ainda na fase de inquérito, nesta quarta-feira Amorim encaminhou a documentação à Vara do Júri. Para o Ministério Público, Bueno cometeu homicídio doloso, quando há intenção de matar.
No entanto, a manifestação do promotor serve apenas como embasamento para decisão do juiz, conforme lembra o advogado de Jeferon Bueno, Ademir Costa Campana.
– O juiz não está atrelado ao parecer que o promotor emite, é ele quem tem o martelo. Estou com uma expectativa boa. Se for negado, eu vou analisar algum procedimento jurídico de entrar com um habeas corpus ou então apresento ele. A tendência é a gente encaminhar a apresentação – informa o advogado.
De acordo com Ademir Campana, Bueno foi orientado a se entregar, mas o motorista de Sapiranga (RS) não aceitou. Ele se diz inocente e alega que o condutor do Audy é o culpado do acidente que matou Cristiane Flores, de 31 anos, e deixou em estado grave o marido dela, Nilandres Lodi, 38, e Gean Matos, 22, amigo do casal. Os dois já se recuperam e não correm mais risco de morrer. Nilandres, no entanto, teve as duas pernas amputadas.