O retrato-falado do homem suspeito de matar o estudante de enfermagem Willian Coromberque Barbosa, 22 anos, em um assalto no final da tarde de 29 de abril, ainda não provocou o efeito esperado.
A delegada responsável pelo inquérito, Vandi Lemos Tatsch, recebeu apenas uma ligação até agora que pouco ajudou. Como nenhuma câmera de monitoramento da rua flagrou a ação do criminoso, a investigação tem dificuldade em avançar.
De acordo com a descrição de testemunhas que presenciaram o crime, o homem aparenta ter cerca de 30 anos e altura de aproximadamente 1m70cm. A arma utilizada no crime é possivelmente um revólver.
William voltava para casa junto com o companheiro, após uma caminhada de rotina com o cachorro no fim de tarde, quando foi surpreendido pelo ladrão que queria levar o celular dele. O plano após o passeio era preparar um jantar para os amigos que receberia às 20 horas em casa.
Amigos disseram à reportagem do "Diário Gaúcho" que o jovem acabou reagindo por causa do susto. O suspeito atirou contra o abdômen de William e fugiu de moto sem levar nada. Para a polícia, não foi a reação que provocou o disparo e sim a audácia do criminoso.
– Eles (criminosos) estão dando tiro e matando independente de reação. A reação é quase que automática, mas não foi por esse motivo que ele disparou contra o William – avalia a delegada.
O estudante chegou a ser socorrido e ficou mais de um dia internado no hospital. Amigos e o companheiro dele fizeram campanha de doação de sangue pela internet na tentativa de salvar a vida do jovem que descreveram como sonhador e preocupado com as causas sociais.
– Ele não era um guri que deixava as coisas acontecerem e ficava só observando, estava presente em todas as ações possíveis – lamentou a amiga Daiana Sanches, 28 anos, no dia da morte.
O assalto aconteceu num sábado e William morreu na manhã de segunda-feira. Várias homenagens foram prestadas pelas redes sociais. A Unisinos _ instituição onde estudava enfermagem _ também publicou uma nota de pesar pela perda precoce do aluno dedicado. Naquela semana, William estava ajudando a organizar um evento do curso.
Denúncia anônimia pode ser feita na 8ªDP:
Endereço: Avenida Protásio Alves, 2914 - Petrópolis
Telefones: 3334-3601 / 3334-7294 / 3381-6915